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Agricultores de Maracaju investem em tecnologia para compensar baixo índice de chuva

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Foto: Pedro Silvestre - Canal Rural 

A falta de chuva atingiu a região de Maracaju no período da plantação da soja, porém os investimentos que foram feitos pelos agricultores salvaram o cultivo. 

Assim como muitas regiões do país, Mato Grosso do Sul, teve um início de safra complicado. Faltou chuvas para que a semeadura da soja avançasse mais rápido.

Em Maracaju, município que mais produz soja em Mato Grosso do Sul, a soja deverá ocupar uma área total de 321 mil hectares nesta safra 2020/2021. Cerca de 80% já foi semeado, um pouco mais rápido que a média do estado, que é de 65%, segundo levantamento da consultoria Safras & Mercado.

Um dos fatores que auxiliaram na plantação foi a qualidade das sementes e das plantadeiras. Além disso, os campos de pesquisas da Fundação-MS, estão realizando testes com as sementes da soja, cerca de 100 novos cultivares.

“Isso dá ao produtor opções de escolha, opção de identificação da cultivar de soja que tem a probabilidade de desenvolver melhor na sua área e de entregar maior produtividade, consequentemente”, diz o pesquisador da Fundação-MS, André Ricardo Gomes Bezerra.

O investimento no solo é outro ponto de destaque em Maracaju. Na fazenda do produtor Luís Alberto Moraes Novaes, isso tem sido essencial para a manutenção da umidade, mantendo as plantas de soja germinadas bem abastecidas nos momentos de baixa disponibilidade de água.

Uma das técnicas utilidadas é usar a palha do milho da safrinha por cima da plantação para manter a umidade do solo. “Temos a braquiária no meio do milho safrinha por aqui. Além disso, a gente tem trabalhado perfil de solo para que a raiz possa se aprofundar mais e resistir mais a seca. Estamos em uma região de veranicos complicados. Hoje a gente trabalha a fertilidade há 40 centímetros e trabalha a palhada por cima, para não perder água, deixar o solo fresco”, disse Luís Alberto.

Maracaju, que é a maior produtora de soja de Mato Grosso do Sul, na safra passada teve a média de 65 sacas por hectare, uma das maiores médias do país. 

(Com informações do Canal Rural)