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Prefeitura vai exigir que Solurb instale 50 Ecopontos para receber entulho

Com o aterro do Jardim Noroeste fechado definitivamente e sem um local fixo para receber entulhos, a alternativa encontrada pela prefeitura é exigir que a Solurb instale 50 Ecopontos pela cidade para acolher este tipo de resíduo. Otimista, o secretário municipal de Governo, Antônio Lacerda, espera que pelo menos 10 pontos sejam implantados ainda este ano. Enfático, ele descarta qualquer possibilidade de reabertura do aterro do Noroeste, fechado pela Justiça em 15 de dezembro.

Conforme Lacerda, o descarte correto de entulhos é atribuição da Solurb, além da coleta de lixo, varrição, capinagem e pintura de guias. Mais que isso: a instalação dos Ecopontos estaria prevista no contrato entre a concessionária de limpeza e o Município - o mesmo contrato polêmico de R$ 2,7 bilhões que vence em 2.037, questionado pelo ex-prefeito Alcides Bernal (PP) sob acusação de superfaturamento.

“O contrato original tem cláusulas que preveem a criação destes pontos nas sete regiões da cidade. Isso nunca foi feito e nós faremos ser cumprido”, afirma Lacerda, ressaltando que já procuraram a direção da empresa para as primeiras tratativas sobre o assunto. “Vamos cobrar da Solurb para que cuide disso daqui pra frente e já falamos com o proprietário da empresa. Esperamos pelo menos 10 Ecopontos este ano”.

O que é um Ecoponto? Conforme o secretário de Governo, são pequenos terrenos destinados a receber entulhos como, por exemplo, resíduos de construção, podas de árvores e materiais em geral levados por carroceiros e pequenos caminhões de frete. Funciona assim: os resíduos são descartados nestes locais, cabendo à Solurb recolher periodicamente, mantendo os pontos aptos a receber mais entulhos. Questionado para onde a Solurb levaria os resíduos retirados dos Ecopontos, Lacerda explica que a tal questão deve ser resolvida pela própria empresa.

Conforme a prefeitura, atualmente Campo Grande possui apenas dois locais licenciados para receber este tipo de material: a CG Ambiental (da própria Solurb) e a Progemix, que recebe apenas resíduos de construções. Outros dois estão em processo de licenciamento. Enquanto isso, os gestores municipais dizem finalizar os últimos detalhes para o descarte emergencial das toneladas de entulho acumuladas desde dezembro em caçambas espalhadas pela cidade.

Descarte emergencial - Duas grandes valas fora do perímetro urbano, devem receber nos próximos dias todo o material e lixo acumulado desde 15 de dezembro. A primeira delas está em uma área cedida pelo Governo do Estado junto da estrada da Gameleira, na MS-455, com 6 mil metros cúbicos de capacidade. Uma segunda cava, com o dobro do tamanho, fica dentro do Assentamento Estrela, na saída para Três Lagoas - leste da Capital. Em ambos os casos, as devidas licenças estão sendo providenciadas, conforme a administração municipal.

“À prefeitura cabe a responsabilidade sobre o lixo doméstico e com a limpeza de rua”, complementou o secretário, explicando que o Município tem responsabilidade compartilhada sobre o lixo produzido “até um metro cúbico”. Desta forma, ele reforça a atribuição dada à Solurb sobre o caso. “Uma caçamba tem cerca de quatro metros quadrados e os carroceiros da periferia, por exemplo, precisam de uma destinação correta, finalizou o secretário.

*A reportagem entrou em contato com a Solurb, por telefone e email, mas ainda não recebeu retorno com o posicionamento da empresa até o fechamento desta reportagem. 

Campo Grande News