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Após 43 dias, Jadir Souza continua foragido acusado de matar professora

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Foto: Reprodução Facebook

Foragido há mais de 40 dias, Jadir Souza da Silva de 51 anos ainda está sendo procurado pela Polícia Civil acusado de matar a Professora Telma Ferreira Rabero de 44 anos, assassinada a pauladas e golpes de foice, em Sidrolândia.

Conforme informações da polícia, há suspeita de que Jadir fugiu de Sidrolândia logo após uma operação da polícia em uma fazenda onde ele acabou se escondendo após o crime.

Agora, existem denúncias de que ele esteja escondido em São Paulo ou no estado do Tocantins. A polícia esteve em vários locais indicados e na casa de parentes de Jadir, porém ele não foi encontrado pelos investigadores.

Apesar do avançar dos dias, as buscas pelo acusado continuam com a ajuda do Departamento de Inteligência da Polícia Civil de MS e de outros estados. Amigos e familiares de Telma, inclusive os filhos estão indignados e pedem justiça.

Denuncie - A polícia pede que qualquer informação sobre o paradeiro do acusado seja repassada a Polícia Civil de Sidrolândia através do número 67 3272-9200. É garantido o sigilo da denúncia.

O crime - A discussão que culminou no assassinato de Telma começou por volta das 20 horas do dia 10 de Abril, o filho de 11 anos estava no quarto e tentou socorrer a mãe, que foi atingida por vários golpes na cabeça, porém ela não resistiu e faleceu no local. Familiares informaram que há um bom tempo ela tentava se separar do marido com quem conviveu por cerca de 20 anos, porém já estava sendo ameaçada.

A indignação – No mês passado, a secretária de Assistência Social e cidadania de Sidrolândia, a Psicóloga Aletânia Ramires Gomes lamentou e repudiou o crime fazendo um alerta. Em uma rede social ela destacou: “Não matou porque é louco; Não matou porque tem algum tipo de transtorno; Não matou porque tem depressão; Não matou por amor. Matou porque é um feminicida, porque achava que a mulher era sua propriedade e não tinha o direto de recomeçar a sua vida. Não vamos patologizar a violência porque não é um problema de causa biológica é uma questão sociocultural, onde está presente o machismo que leva a misoginia, que é o ódio às mulheres, pregado e perpetuado pela sociedade patriarcal”, finalizou ela.

Apoio - Fernanda Félix que é delegada titular da DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) disse que todo o crime de feminicídio é um crime evitável e que se a mulher pedir proteção, ela conseguirá evitar um crime maior. O ciclo da violência doméstica pode ser quebrado com a solicitação de medidas protetivas e as medidas cautelares diversas, previstas na lei Maria da Penha. A mulher deve procurar ajuda.

Disque 100 / 180 - São telefones a nível nacional, que funcionam 24 horas. Se a pessoa ligar cairá em uma central, com policiais civis e militares, que vão direcionar a ligação para o estado e município de origem. O objetivo é receber denúncias de violência, reclamações sobre os serviços da rede de atendimento à mulher e de orientar as mulheres sobre seus direitos e sobre a legislação vigente, encaminhando-as para outros serviços, se necessário.