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Hugleice confessa que ajudou em aborto e na ocultação do corpo de Marielly

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Julgamento dura horas e acusados devem ser condenados. 

Durante julgamento na tarde desta quinta-feira (15), Hugleice da Silva, 38 anos, confessou ter ajudado Jodimar Ximenes Gomes, de 51 anos no aborto que resultou na morte da cunhada, Marielly Barbosa Rodrigues, 19 anos, além disso, também confessou que teria ajudado a esconder o corpo da vítima e que agiu por desespero.

Ao juiz Claudio Pareja, ele afirmou que não lembra o valor pago, mas contou que o dinheiro foi entregue diretamente a Jodimar. “Ela não queria que a gravidez fosse para frente. Acertei o valor todo em um dia que passei pela cidade. Ele me disse que o procedimento era sem risco e duraria no máximo 40 minutos. Passou meia hora me chamou, foi rápido. Ela estava deitada em uma maca e o lençol cheio de sangue”, disse Hugleice.

Quando foi questionado sobre a possibilidade de Marielly estar viva, ele contou que ela já estava sem pulso e sem respiração. “Naquele momento fiquei desesperado. Não sabia o que fazer. O Jodimar disse que a gente resolveria da melhor maneira e falou para tirarmos ela de lá e levar para algum lugar. Ele que indicou a direção que seguimos”, contou.

“Eu nunca tive nada com ela. Eu não era o pai. Nunca tive envolvimento dessa forma com minha cunhada. Ajudei porque era muito próximo dela e dei apoio, tudo virou uma bola de neve. Eu não ia fazer com que ela voltasse, porque já havia morrido. Eu não sabia o que decidir, patinava, patinava e não saia do lugar. Fiquei com peso na consciência por conta da situação e o Jodimar só pediu para que eu o esquecesse”, afirmou.

Após confessar que foi procurado pela cunhada e que contratou e pagou para Jodimar pelo aborto,  Hugleice ainda afirma que auxiliou para retirar o corpo da cunhada do local e levá-lo até onde foi encontrado, mas que agiu no calor da situação e afirma estar arrependido.

“Eu tinha medo de chegar no ponto que chegou. Se eu tivesse sido transparente desde o começo eu tinha resolvido isso da melhor forma. Eu sei que nada que eu disser vai trazer ela de volta ou diminuir a dor da família. Estou extremamente arrependido de ter deixado as coisas seguirem dessa forma. De não ter tomado um rumo diferente para que estivéssemos com ela hoje. Foi uma atitude impensada, no calor da situação que aconteceu tudo o que aconteceu”, finalizou o acusado.

O depoimento durou cerca de 40 minutos e Hugleice foi o último a ser ouvido durante o julgamento no Fórum de Sidrolândia. (Com informações do Campo Grande News)