Buscar

Empresa investigada pelo MP movimentou contratos suspeitos durante gestão Vanda Camilo em Sidrolândia

Cb image default
Ex-prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo. (Foto: Arquivo - Noticidade)

Uma reportagem publicada em 17 de setembro de 2025, pelo jornal Correio do Estado, trouxe novamente à tona a relação da empresa Engeluga Engenharia LTDA com diversas prefeituras de Mato Grosso do Sul, incluindo Sidrolândia, onde a construtora recebeu R$ 300 mil por serviços de consultoria.

Levantamentos preliminares no Portal da Transparência indicam que o contrato foi assinado durante a administração anterior, ficando a cargo da atual gestão apenas a quitação de valores pendentes. Em janeiro deste ano, no entanto, o contrato foi rescindido pela administração em exercício.

Empresa na mira do MP e DRACCO

A Engeluga é alvo de investigações do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) e do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO). Entre as suspeitas levantadas estão contratos milionários sem licitação em vários municípios, supostos casos de fraude em licitação, peculato e até lavagem de dinheiro.

Um dos episódios mais recentes envolve a Prefeitura de Ladário, onde foi celebrado um contrato de R$ 1,08 milhão sob a alegação de “apoio técnico na supervisão e fiscalização de obras”. O MPMS apontou falhas na justificativa apresentada e recomendou a anulação do acordo, sob pena de medidas judiciais.

Situação em Sidrolândia

No caso de Sidrolândia, o contrato citado foi herdado da administração anterior e não há vínculo contratual da atual gestão com a Engeluga. Em nota, a Prefeitura informou que acompanha de perto o andamento das investigações e reforçou seu compromisso com a transparência na gestão pública, além de colaborar com os órgãos de controle sempre que solicitado.

Histórico da empresa

Fundada em 2015, a Engeluga Engenharia LTDA acumulou em poucos anos mais de R$ 11,8 milhões em contratos com diferentes municípios sul-mato-grossenses. Boa parte dessas contratações ocorreu via inexigibilidade de licitação, em contratos de curta duração e descrições genéricas, segundo o MPMS, levantando suspeitas de direcionamento.