Publicado em 12/08/2019 às 10:25,

Áudio cita depósito de R$ 30 mil para liberar carga de cigarro em Sidrolândia

Redação Noticidade ,
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Policiais Moacir (de camisa azul) e Alaércio (camiseta branca) chegando para audiência de custódia (Foto: Clayton Neves)

Um áudio divulgado pela operação Trunk, mostra uma conversa telefônica que cita depósito de R$ 30 mil na conta de um dos integrantes de um esquema que explorava contrabando de cigarro, o valor seria para liberar uma carga apreendida em Sidrolândia.

A operação também levou dois policiais rodoviários federais para a prisão e envolve vereador da Paraíba. Na gravação, realizada em 31 de outubro de 2018, Francisco Job da Silva Neto, apontado com um dos chefes do esquema, pede para Paulo Henrique Xavier, sacar a quantia de R$ 30 mil, que teria sido depositada em sua conta corrente.

De acordo com o relatório, a quantia era para tentar liberar carga apreendida pela Polícia Militar de Sidrolândia. O documento não informa se a ação foi bem sucedida.

No dia 31 de outubro do ano passado, Paulo teria atuado como batedor avançado de uma carga, na rota Campo Grande a Maracaju, trajeto que passa por Sidrolândia. Em outra interceptação, Paulo, também sob as ordens de Francisco, passou a atuar no transporte de cigarros por meio de carros de passeio. Os dois conversam sobre a viabilidade do transporte e da venda dos produtos. Paulo demonstra expertise sobre a comercialização dos cigarros contrabandeados em Campo Grande, citando as marcas de preferência.

Francisco Job foi preso no dia 31 de julho pela PF (Polícia Federa), em Ponta Porã, fronteira com o Paraguai. Ele passou por audiência de custódia na Justiça Federal de Campo Grande em primeiro de agosto. Na ocasião, utilizava tornozeleira eletrônica, faltando apenas 17 dias para completar seis meses de uso e se livrar do dispositivo de monitoramento eletrônico.

Já Paulo Henrique Xavier teve a liberdade negada no último dia 8 pela 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande. No pedido de revogação da prisão preventiva, a defesa de Paulo alegou que ele é primário, com bons antecedentes, tem ocupação lícita e se apresentou espontaneamente à Policia Federal.

Contudo, a decisão judicial aponta que Paulo Henrique tinha múltiplas funções na organização criminosa: batedor, motorista, na corrupção ativa de policiais e, por fim, às vezes, na venda dos produtos contrabandeados. “Percebe-se que ele atuava com plena confiança dos chefes da associação”, informa a decisão. Os chefes citados são Francisco Job e José Antônio Mizael Alves. (Com informações do Campo Grande News)