O ex-vereador e ex-secretário de Fazenda de Sidrolândia, Claudinho Serra (PSDB), se tornou réu por corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro, ao lado da esposa, a médica Mariana Camilo de Almeida Serra, do pai, Cláudio Jordão de Almeida Serra, e de outras onze pessoas investigadas na quarta fase da Operação Tromper. A denúncia foi aceita pela Justiça de Sidrolândia e envolve um esquema milionário de desvio de recursos públicos por meio de contratos fraudulentos na Prefeitura.
Segundo o Ministério Público Estadual, o grupo teria recebido propina por meio de familiares e utilizado o dinheiro para despesas pessoais, incluindo uma festa de aniversário infantil. Interceptações telefônicas e dados bancários apontam que os empresários Cleiton Nonato Correia e Edmilson Rosa, responsáveis por empresas contratadas para obras de pavimentação, combinaram o pagamento de 3% do valor do contrato cerca de R$ 500 mil ao então secretário Claudinho Serra. Ainda conforme a investigação, um dos empresários teria sacado aproximadamente R$ 2 milhões em espécie ao longo do ano passado, com movimentações que coincidem com encontros entre intermediários ligados ao ex-vereador.
A decisão de tornar os investigados réus foi proferida pelo juiz Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia, que reconheceu indícios suficientes para o início da ação penal. Claudinho Serra, Cleiton Correia e o ex-assessor Carmo Name Júnior estão presos desde a deflagração da operação, no início de maio. Esta é a segunda denúncia formal contra Claudinho, que é genro da ex-prefeita Vanda Camilo (PP). Já sua esposa, Mariana Camilo, filha da ex-gestora, é acusada pela primeira vez de envolvimento direto no esquema.
Além de Claudinho, Mariana e Cláudio Jordão, também viraram réus Carmo Name Júnior, Thiago Rodrigues Alves, Valdemir Santos Monção (conhecido como Nanau), Cleiton Nonato Correia, Edmilson Rosa, Jhorrara Souza Santos Name, Jéssica Barbosa Lemes, Sandra Rui Jacques, Ueverton da Silva Macedo (conhecido como Frescura), Juliana Paula da Silva e Rafael Paula da Silva. Todos respondem por corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.