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Agricultores familiares de Sidrolândia participam de oficinas de gestão e planejamento com apoio da Fundect e UFMS

Agricultores familiares de Sidrolândia e Furnas do Dionísio estão participando de oficinas práticas de gestão e planejamento financeiro rural desenvolvidas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), com apoio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect).

A iniciativa integra a Chamada Fundect/SEMADESC/SEAF nº 12/2023 – Extensão Tecnológica para Agricultores Familiares, Povos Originários e Comunidades Tradicionais, que financia projetos voltados à aplicação direta do conhecimento científico no campo.

Coordenado pela professora Márcia Bortolocci Espejo, da Escola de Administração e Negócios da UFMS, o projeto “Agricultura Familiar e Controle Gerencial: desenvolvimento de mecanismos voltadas à melhoria de práticas” tem como objetivo a melhoria das práticas de controle gerencial para agricultores familiares em Mato Grosso do Sul.

As oficinas de Controle Gerencial na Agricultura Familiar estão sendo realizadas nos assentamentos Barra Nova I e II, em Sidrolândia, e na Associação Furnas do Dionísio, em Jaraguari. Cada grupo participa de dois encontros, com um intervalo de um mês, para que os agricultores possam aplicar os conhecimentos adquiridos e compartilhar as dificuldades observadas. Em setembro já foram realizados dois encontros. Os próximos estão agendados para 21 de novembro, em Sidrolândia, e 22 de novembro, em Furnas do Dionísio, sempre das 8h às 12h.

Segundo a coordenadora, as principais dificuldades relatadas pelos agricultores familiares estão relacionadas ao controle financeiro das propriedades. “Eles relatam que têm dificuldade em lidar com a composição de custos e com a determinação do preço de venda, além de manter controles básicos de fluxo de caixa”, explica Márcia Espejo.

O projeto é resultado de uma pesquisa de doutorado realizada pela coordenadora na UFMS em 2022, com 204 respondentes, que evidenciou a necessidade de melhoria de controle gerencial no campo da agricultura familiar.

“Esperamos que, ao aplicar os conceitos aprendidos, os agricultores consigam perceber evoluções concretas nos seus pequenos negócios, o que pode refletir em melhorias na renda e na qualidade de vida de suas famílias”, afirma a professora, que também é bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq e lidera o Núcleo de Pesquisas e Estudos em Controle Gerencial (Nupecon/UFMS).

Além das oficinas, o projeto prevê o desenvolvimento de um aplicativo de diagnóstico das práticas de controle gerencial e uma cartilha para divulgação de práticas específicas aos agricultores familiares.

A equipe é composta por professores e alunos dos Programas de Pós-Graduação em Administração e em Ciências Contábeis da UFMS, além da participação de pesquisadores do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) e da Prefeitura Municipal de Jaguari.

A coordenadora destaca que o apoio da Fundect tem sido essencial para a execução das atividades. “A Fundect tem sido parceira fundamental, viabilizando as idas a campo, o desenvolvimento da cartilha para agricultores familiares e um aplicativo para acompanhamento da evolução dos participantes no curso na área de controle de gestão. Sem o apoio da Fundect, este projeto não poderia ter sido realizado”, reforça.

“A parceria entre a Fundect, a Semadesc, a SEAF e as instituições de ensino, como a UFMS e o IFMS, é essencial para que a ciência e a tecnologia estejam cada vez mais próximas da sociedade. Projetos como esse mostram como o conhecimento produzido nas universidades pode se transformar em soluções reais, levando qualidade de vida para as pessoas, fortalecendo a agricultura familiar e promovendo o desenvolvimento sustentável de Mato Grosso do Sul”, explica Márcio de Araújo Pereira, diretor-presidente da Fundect.

A Chamada Fundect/SEMADESC/SEAF 12/2023, lançada em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEMADESC) e a Secretaria Executiva de Agricultura Familiar, de Povos Originários e Comunidades Tradicionais (SEAF), selecionou 91 projetos, com investimento de a R$ 7 milhões com recursos do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.