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Ex-prefeito Maurílio Azambuja segue foragido e defesa pede revogação de prisão

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Ex-prefeito de Maracaju. (Foto: Arquivo - Noticidade) 

Foragido há mais de 48 horas, o ex-prefeito de Maracaju, Maurílio Azambuja (MDB), que deveria ter sido preso, durante a Operação Dark Money, do Dracco (Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado) teve pedido de habeas corpus protocolado ontem e não se apresentou à Polícia Civil.

Nesta sexta-feira (24) a Justiça de Mato Grosso do Sul negou o pedido de revogação da prisão temporária de Maurílio. Ele é considerado foragido.

O pedido havia sido formalizado pelo advogado de Maurílio, Rodrigo Dalpiaz. Além de Maurílio, Dalpiaz também defende Lenilso Carvalho Antunes, ex-secretário de Finanças de Maracaju, que segue preso e foi encontrado pela polícia em um hotel de luxo no Estado do Paraná.

Além dele, também foram presos Daiana Cristina Kuhn, Iasmin Cristaldo Cardoso, Pedro Everson Amaral Pinto, Fernando Martinelli Sartori e Moisés Freitas Victor. Os três últimos foram ouvidos na sede do Dracco, no entanto, disseram que só prestarão informações em juízo.

A delegada responsável pelas investigações, Ana Cláudia Medina, disse que com a ação de ontem, “cumprimos buscas e apreensões, porque já era o momento, já que não havia dúvida que essa movimentação foi ilegal”.

Entenda o caso - Equipes do Dracco, com o suporte técnico do Laboratório de Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), constataram que foi criada uma conta bancária de fachada, por onde foram promovidos mais de 150 repasses de verbas públicas em menos de 1 ano. A partir de negócios jurídicos dissimulados, integrantes do alto escalão da prefeitura emitiram mais de 600 lâminas de cheques, que totalizaram mais de R$ 23 milhões às empresas, sem qualquer lastro jurídico para amparar os pagamentos legalmente.

Muitas das empresas beneficiárias não mantinham nem relação jurídica com a prefeitura. Além disso, não havia emissão de notas fiscais e os valores não eram submetidos a empenho de despesas, operações legais que devem ser observadas pelos entes públicos.

Diante da gravidade dos fatos, foram requeridas ao Judiciário de Maracaju várias medidas cautelares como mandados de prisão temporária contra servidores públicos e particulares, busca e apreensão em empresas, bloqueio de bens e outras, todas cumpridas pela PCMS, após parecer favorável do Ministério Público e decisão do Poder Judiciário da Comarca de Maracaju.

Qualquer informação que possa levar à recuperação dos ativos desviados, bem como à identificação de outros envolvidos no esquema criminoso podem ser direcionados ao DRACCO – Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado por meio das redes sociais, do endereço de e-mail dracco@pc.ms.gov.br ou por seu telefone (67) 3323-6900.