Publicado em 05/01/2021 às 08:46,

Comerciantes noturnos pedem revisão de decreto que prejudica o setor em “lockdown”

Douglas Amaral - Noticidade ,
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Na imagem, comerciantes em manifesto nas redes sociais. (Reprodução - Facebook)

Comerciantes noturnos de Maracaju enfrentam sérias dificuldades financeiras e até possibilidade de fechamento (em alguns casos) com as medidas restritivas impostas por um decreto municipal visando frear o contágio de coronavírus na cidade.

Ainda sem uma data definida para pelo menos amenizar ou de fato resolver a questão por parte da prefeitura, comerciantes entraram em contato com a reportagem Noticidade na manhã desta terça-feira (05) e aguardam uma reunião com o Prefeito Marcos Calderan (PSDB) para uma possível revisão do decreto municipal.

De acordo com o Secretário de Governo Frederico Felini, que conversou com a reportagem nesta manhã, a ideia é chegar a um consenso que não prejudique os comerciantes, mas que também atenda as medidas de biossegurança, “vamos agendar uma reunião com a presença da Assema, dos comerciantes e do Ministério Público, infelizmente no momento não tenho mais detalhes sobre isso”, destacou o secretário.

Já o Prefeito Marcos Calderan disse ao Noticidade que na próxima quinta-feira (07) vai se reunir com a Promotoria de Justiça e avaliar o que pode ser feito, contudo até lá permanece o decreto vigente. 

O decreto - De acordo com o decreto, todos os bares, lanchonetes, restaurantes e semelhantes, estão obrigados a suspender o atendimento presencial de clientes das 19 às 05 horas, principal horário em que os comerciantes lucram com a venda direta de alimentos, bebidas, lanches e porções.

As conveniências e distribuidoras de bebidas podem manter atendimento após às 19 horas somente através da "janelinha de plantão" em sistema de entrega, devendo permanecer com portas fechadas.

O estabelecimento que infringir as determinações do decreto está sujeito a multa, suspensão do alvará e suspensão temporária do funcionamento.

Prejuízo – De acordo com informações, alguns comerciantes do setor já pensam em suspender as vendas totalmente diante de queda de até 90% no faturamento. Outros admitem demissões e cortes e aguardam medidas de suspensão ou de descontos em impostos e taxas municipais para tentar compensar a perda dos comerciantes. 

(Matéria editada às 10h32 para acréscimo de informação)