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Só este ano, Depol já registrou 50 denúncias de Violência Doméstica e 3 de estupro

De janeiro a agosto deste ano, a Delegacia de Polícia Civil de Sidrolândia já registrou 50 denúncias de Violência Doméstica e 3 de estupros, o número de vítimas é muito maior, porém a maioria das mulheres não denunciam os agressores.

As informações são do SIG (Setor de Investigações Gerais) da Depol de Sidrolândia, o número de agressões é considerado alto pela proporção do município e o de estupro pode ser ainda maior.

Um dos principais problemas enfrentado pelos investigadores é o fato da maioria das denunciantes mudarem suas versões dias depois de realizarem os registros contra seus parceiros, na maioria dos casos as vítimas “fazem as pazes” com os agressores e retiram a queixa.

Outra situação é a de falsas denúncias, como nos casos em que as mulheres querem a separação do marido, mas ele se recusa a sair da residência, como saída algumas mulheres registram ocorrências de agressão e pedem a medida protetiva, que força os homens a saírem das casas.

Durante as investigações dos diversos casos registrados, os investigadores também se deparam com situações que divergem com a versão das vítimas, como nos casos onde ocorrerem agressão recíproca do casal, mas só a mulher procura a Depol e se apresenta como vítima para prejudicar o marido.

Reincidência – Estatisticamente, é comprovado que a maioria das mulheres que procuram a Depol já sofreram pelo menos duas agressões de seus parceiros, porém algumas vítimas já apresentam até oito registros, mas sempre acabam reatando com os agressores e não querem mais que eles sejam punidos.

Já os autores, sempre apresentam registros de agressão em suas fichas criminais, dificilmente um homem denunciado não tem reincidência, inclusive com várias mulheres diferentes.

Principais agressores são amasiados – De acordo com os dados, cerca de 95% dos casos registrados são entre amasiados, dificilmente casados no cartório e igreja se envolvem em brigas ou casos de agressão.

Solução – Graças a estas campanhas de conscientização e a facilidade de denunciar um agressor, as mulheres estão cada vez mais encorajadas a não aceitarem viver com a humilhação e a dor de serem agredidas por seus companheiros, porém ainda falta coragem e pulso firme para que os autores respondam devidamente pelos seus atos.

A mulher precisa ter a consciência de que quem agride uma vez, pode agredir de novo, ter a certeza de quem ama não faz mal e que os órgãos competentes do município estão dispostos a ajudarem qualquer vítima independente da situação.

Estupros – O número de registros de estupro neste ano são de 3 casos, porém o índice de casos reais maior, mas não é registrado na Delegacia de Polícia por serem descobertos durante investigação de outro crime.

Em alguns casos, a mulher registra um boletim de ocorrência contra o marido por exemplo e durante as investigações é constatado que o autor abusa de alguma filha, uma sobrinha, ou algo similar, nesta situação a informação é anexada ao processo da primeira denúncia e não entra nas estatísticas de registro.

Conscientização - No começo da semana, a Prefeitura Municipal através da Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres, realizou o lançamento oficial da campanha de conscientização de violência contra a mulher (agosto lilás), com uma blitz educativa na Avenida Dorvalino dos Santos em frente à Praça Central.

A campanha, que é coordenada pela Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulheres, fará uso de palestras em escolas, distribuição de material impresso e mídia nas redes sociais para levar as informações necessárias sobre a Lei Maria da Penha e as formas de combate à violência contra a mulher.

No dia 19 de maio de 2017, o prefeito Dr. Marcelo Ascoli, sancionou a lei que instituiu a campanha “Agosto Lilás” e o Programa Maria da Penha Vai à Escola no município de Sidrolândia.

A coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres, Natalia de Souza, explica que serão realizadas ações durante o mês de agosto inteiro. A campanha levará a conscientização e combate à violência contra a mulher através de blitz educativas, palestras, panfletagens etc. O carro chefe da campanha será o Programa Maria da Penha vai à Escola, onde serão ministradas palestras e atividades sobre o tema.

Rallph Barbosa – Noticidade