O governo do Estado deve enviar na próxima semana à Assembleia Legislativa três projetos de reforma: administrativa, previdenciária e teto dos gastos públicos. Mantendo o sigilo sobre o que, de fato, sera cortado ou modificado, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) deu a garantia de que não terá aumento de impostos.
“O Estado tem que cumprir com suas obrigações para pagar o salário em dia e fazer os pagamentos necessários, para isso, na reforma administrativa, precisa ter um encolhimento do Estado. Não tem mais espaço para aumento de impostos, a sociedade não suporta mais, temos que olhar dentro da estrutura, melhorar o perfil dos gastos públicos”, afirma Azambuja.
Segundo o governador, antes do envio dos projetos de lei, serão realizadas reuniões com representantes de poderes e sindicatos. Quanto à reforma previdenciária, Azambuja afirma que é preciso buscar o equilíbrio.
“Vamos discutir com os servidores porque não é apenas um aumento de contribuição, é uma reforma para dar segurança aos trabalhadores no futuro”, diz o governador. A previdência estadual terminou o ano passado com deficit de R$ 1,2 bilhão.
A administração estadual também faz um pente-fino nos incentivos fiscais dado ao setor empresarial. Conforme Azambuja, serão discutidos os incentivos, que há em grande quantidade no Estado. “Até porque são importantes para manter os empregos. Mas, neste momento, o País passa por uma crise, com retração da economia e o PIB [Produto Interno Bruto] negativo”, avalia.
De acordo com o secretário de Fazenda, Márcio Monteiro, o déficit mensal é de R$ 100 milhões. O governador participa nesta quarta-feira (dia primeiro) em Campo Grande da formatura de agentes penitenciários.
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