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PF diz que maracajuense pode ter recebido R$ 158 mil em esquema da UFPR

A maracajuense Patrícia Vargas da Silva do Nascimento, que conforme a polícia, seria beneficiária de R$ 158.850, foi à quinta presa em MS por ser um dos alvos da Operação Research (pesquisa, em inglês), deflagrada pela PF (Polícia Federal) na última quarta-feira que desvendou esquema para desviar recursos usados no pagamento de bolsas de pesquisa da UFPR.

Ao todo, R$ 7,3 milhões teriam beneficiado pessoas sem vínculo com a instituição, dos quais R$ 1,7 milhão veio parar em contas bancárias de moradores do Estado.

Conforme a investigação, além dos valores referentes às bolsas supostamente depositados para Patrícia, em 2015, ela recebeu R$ 1.764 do Bolsa Família em Maracaju, única cidade do interior que tem uma acusada de envolvimento no caso, o restante dos envolvidos residem todos na Capital. Patrícia também tem uma residência em Campo Grande, porém não foi encontrada no local, pois mora em Maracaju.

A fraude – De acordo com informações, a fraude ocorria na seção de controle e execução orçamentária da UFPR, chefiada por Conceição Mendonça. Conforme divulgou o Jornal Hoje, ela foi a responsável por assinar 234 processos de pagamento, que somaram os R$ 7 milhões. Segundo a investigação, esses valores foram pagos entre os anos de 2013 e 2016 a 27 pessoas que não tinham vínculo com a universidade. A PF, que deflagrou a operação após investigação feita pelo TCU (Tribunal de Contas da União), não divulgou qual era exatamente a participação de cada um no esquema.

A investigação conduzida pela Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria-Geral da União e Tribunal de Contas da União, apurou que alguns dos beneficiários do esquema sequer tinham nível superior.

“Estamos chocados com a forma grosseira em que a fraude era aplicada no âmbito da universidade. Os beneficiários eram pessoas que exerciam profissão de autônomo como cabeleireiro, artesão, taxista, pizzaiolo, assistente administrativo e atendente de loja, entre outras”, disse pela manhã o delegado da PF do Paraná, Felipe Hayashi.

A universidade divulgou nota afirmando que abriu sindicância para apurar internamente a situação.

Prisões – A PF cumpriu 15 mandados de prisão temporária (cinco dias), oito conduções coercitivas e 36 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio de Janeiro.

Todas as prisões temporárias, que teriam validade até este domingo (20), foram revogadas, segundo informou o advogado Danilo Cristofaro.