Publicado em 03/07/2025 às 11:11,

Parcelar ou não parcelar: como os motoristas podem lidar com os impostos automotivos?

Com a cobrança anual de tributos como o IPVA e o licenciamento, surge a dúvida sobre parcelar ou não o pagamento

Assessoria de Marketing,
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O início de cada ano no Brasil marca não apenas o recomeço das atividades após as festas, mas também a chegada de boletos que pesam no bolso dos motoristas: os impostos automotivos. Entre eles, o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e a taxa de licenciamento se destacam como obrigações anuais, que exigem atenção e planejamento financeiro. A dúvida, no entanto, é frequente: vale mais a pena pagar à vista ou parcelar?

Segundo os calendários estaduais, o IPVA pode ser quitado em cota única com desconto ou dividido em até três ou mais parcelas — a depender da política de cada unidade da federação. Já a taxa de licenciamento, em alguns estados, também pode ser parcelada, embora geralmente seja cobrada em uma única vez.

Diante da possibilidade de dividir os valores, muitos condutores optam por espalhar as parcelas ao longo dos primeiros meses do ano. Outros preferem quitar tudo de uma vez para garantir descontos e evitar juros.

Parcelar ou pagar à vista?

A escolha entre parcelar o IPVA 2025 ou pagar à vista deve levar em consideração o perfil financeiro de cada motorista. Se há reserva disponível e o pagamento à vista oferece desconto real — como ocorre em vários estados —, a quitação total pode representar uma economia relevante.

Por outro lado, o parcelamento pode ser a única saída viável para quem enfrenta um orçamento apertado no começo do ano, período que também concentra outras despesas como matrícula escolar, material didático e impostos residenciais. Nesses casos, é importante observar as datas de vencimento de cada parcela para evitar multas por atraso.

Parcelamento via cartão de crédito

Uma alternativa que tem ganhado espaço nos últimos anos é o parcelamento via cartão de crédito, oferecido por algumas instituições financeiras e operadoras credenciadas aos Detrans. Essa modalidade permite o pagamento em até 12 vezes, mas com incidência de juros, que variam de acordo com a operadora e a quantidade de parcelas.

Apesar da comodidade, o motorista deve ficar atento: o valor final pode superar em muito o imposto original, transformando um alívio momentâneo em uma dívida prolongada.

Regularização total da documentação

Outro ponto que merece atenção é a regularização total da documentação. Para emitir o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV), é necessário que todos os débitos estejam quitados, incluindo IPVA, licenciamento e eventuais multas. Ou seja, mesmo que o imposto esteja em dia, o motorista não poderá circular legalmente se houver pendências.

A inadimplência com esses tributos pode gerar consequências severas. O Código de Trânsito Brasileiro considera infração gravíssima conduzir veículo não licenciado, sujeitando o condutor a multa de R$ 293,47, sete pontos na carteira e remoção do veículo. Portanto, seja qual for a forma de pagamento escolhida, a prioridade deve ser manter os débitos em dia.

Lidar com os impostos automotivos exige mais do que atenção às datas: é uma questão de organização financeira e responsabilidade. Cada motorista deve avaliar seu orçamento, considerar possíveis descontos e entender os encargos envolvidos no parcelamento para tomar a melhor decisão.

Com as facilidades oferecidas pelos meios digitais, como pagamento online e consulta de débitos por aplicativos, ficou mais fácil manter o controle sobre as obrigações veiculares. Se antecipar, pesquisar opções e se planejar são atitudes que evitam imprevistos e permitem começar o ano com mais tranquilidade ao volante. Afinal, manter o carro em dia não é apenas uma obrigação legal, mas também sinônimo de segurança e economia.