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Paraguai expulsa pistoleiros brasileiros que mataram funcionário de Pavão

Dois dos quatro pistoleiros brasileiros presos no dia 12 de janeiro em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande, serão expulsos do país vizinho e entregues à justiça brasileira na manhã de hoje (2), em Assunção.

Marcos da Silva Oliveira e Jackson Peixoto Rodrigues, o Negro Jackson, são acusados pelo assassinato do paraguaio Paulo Jacques, 41, e da noiva dele, a douradense Milena Soares Bandeira, 21. Os dois foram executados a tiros no dia 2 de janeiro deste ano na capital paraguaia.

Jacques era uma espécie de gerente do narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenez Pavão, que está preso em Assunção. A irmã de Millena também estava na caminhonete do cunhado, mas ela não foi atingida pelos tiros.

Marcos e Jackson foram presos juntamente com outros dois bandidos brasileiros, Leandro Lucas de Oliveira dos Santos, e Peterson Lucas Cacenote de Souza. A justiça paraguaia ainda não se manifestou sobre a expulsão desses outros dois acusados.

A quadrilha faz parte da facção criminosa “Bala na Cara”, que se fortaleceu nos presídios do Rio Grande do Sul e faz oposição ao PCC (Primeiro Comando da Capital). Com dez mandados de prisão, Negro Jackson é apontado como um dos principais líderes da facção.

Marcos Oliveira tem seis ordens de prisão da justiça brasileira. Ele e o Jackson serão expulsos do Paraguai e entregues ao Brasil por decisão do juiz Julián Lopez. O fato de os dois usarem documentos falsos facilitou o processo de expulsão.

De acordo com comissário Abel Cañete, da Polícia Nacional do Paraguai, a morte de Paulo Jacques, 41, gerente dos negócios do narcotraficante Jarvis Gimenez Pavão, foi uma estratégia para enfraquecer a quadrilha do novo chefão do crime organizado na fronteira e demonstração de força.

“A intenção da Bala na Cara é migrar para o Paraguai, assim como fizeram outras facções, como PCC e Comando Vermelho”, afirmou o comissário paraguaio.

Campo Grande News