Publicado em 31/05/2017 às 11:23,

Pai mantinha filha como esposa há 5 anos, mesmo após denúncia de abuso

Redação,

Após viver cinco anos sofrendo estupros e agressões dentro de casa, uma adolescente de 14 anos denunciou o próprio pai, 38 anos, à polícia, em Campo Grande.

O homem, que não terá a identificação divulgada nesta reportagem, para que se preserve a vítima, foi preso no sábado (28), depois que a menina apresentou um vídeo dos abusos praticados pelo pai, que, conforme as investigações, já mantinha com ela uma relação forçada de marido e mulher.De acordo com a delegada Marília de Brito Martins, da Depca (Delegacia de Proteção a Criança e Adolescente), responsável por investigar o caso, a garota procurou a polícia no dia 21 deste mês, ao lado da mãe, que é usuária de drogas, e de quem havia sido afastada pela Justiça, por sofrer maus-tratos, omissão e negligência.Na delegacia, a garota apresentou um vídeo em que o pai, no dia do aniversário dela, a estuprava dentro da casa onde os dois moravam, na região da Avenida Julio de Castilho. A mãe contou que a filha era abusada pelo ex-marido e pediu a prisão dele.Com a prova nas mãos, a polícia acolheu a denúncia da garota e indiciou o pai por estupro de vulnerável. A menina também passou por exames de corpo de delito e foi encaminhada a um abrigo, já que não poderia conviver com a mãe, por conta de uma ordem da Justiça de 2015.Prisão e provas - Apesar do homem já ter sido indiciado, a decisão para a prisão preventiva do pai da garota só foi tomada pela Justiça no sábado (28).Com um mandado em mãos, a polícia foi até a casa dele, porém, o homem já havia fugido. Em buscas pela região, os policiais o encontraram no Terminal Júlio de Castilho, no mesmo dia.À polícia, o homem confessou o crime e disse que estuprava a filha desde que a menina tinha nove anos, sempre contra a vontade dela e, nos últimos tempos, praticamente todos os dias.Na casa da família, a polícia aprendeu lençóis, almofadas, uma seringa, vários DVDs, cartões de memória para celular, dois facões e um CD de música eletrônica que, segundo as investigações, o homem colocava para tocar toda vez que iria estuprar a filha.Os materiais foram encaminhados à perícia e o homem levado a um presídio, que também não teve o nome divulgado.Histórico de violência - Com o suspeito preso e adolescente abrigada, em análise e investigação do caso, a delegada responsável descobriu que a garota já está envolvida como vítima em processos desde 2011.No primeiro deles, o crime registrado é de ameaça, em 2011. O segundo registro, feito em 2015 foi de maus-tratos.No terceiro registro, também em 2015, a adolescente denunciou o pai por estupro. Em uma quarta vez, a garota denunciou um tio pelo mesmo crime. E por último, já em 2016, a vítima fez um registro de violência doméstica.A delegada não deu detalhes sobre o inquérito, mas informou que todos eles foram relatados à Justiça dentro dos prazos estabelecidos, inclusive, aquele em que o pai da garota é acusado de estupro.“O que posso dizer é que em todos os casos que ela procurou a polícia, a denúncia foi investigada e relatada à Justiça. Agora, o que a Justiça fez a partir disto já não está dentro das nossas competências”, explicou a delegada.O Campo Grande News procurou a titular da Vara de Infância, Juventude e Idoso de Campo Grande, que também é coordenadora da Infância e Juventude do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Katy Braum, por mensagem, a juíza se limitou a dizer que: “Infelizmente a Lei Orgânica da Magistratura me impede de falar sobre os processos que estão sob minha jurisdição”, e completou solicitando que a reportagem entrasse em contato com a assessoria de imprensa do TJ.A assessoria respondeu que o caso segue sob os cuidados do juiz Marcelo Ivo, da 7ª Vara Criminal, e que ele não poderia comentar as circunstâncias do processo, pois está em segredo de Justiça.

O homem, que não terá a identificação divulgada nesta reportagem, para que se preserve a vítima, foi preso no sábado (28), depois que a menina apresentou um vídeo dos abusos praticados pelo pai, que, conforme as investigações, já mantinha com ela uma relação forçada de marido e mulher.

De acordo com a delegada Marília de Brito Martins, da Depca (Delegacia de Proteção a Criança e Adolescente), responsável por investigar o caso, a garota procurou a polícia no dia 21 deste mês, ao lado da mãe, que é usuária de drogas, e de quem havia sido afastada pela Justiça, por sofrer maus-tratos, omissão e negligência.

Na delegacia, a garota apresentou um vídeo em que o pai, no dia do aniversário dela, a estuprava dentro da casa onde os dois moravam, na região da Avenida Julio de Castilho. A mãe contou que a filha era abusada pelo ex-marido e pediu a prisão dele.

Com a prova nas mãos, a polícia acolheu a denúncia da garota e indiciou o pai por estupro de vulnerável. A menina também passou por exames de corpo de delito e foi encaminhada a um abrigo, já que não poderia conviver com a mãe, por conta de uma ordem da Justiça de 2015.

Prisão e provas - Apesar do homem já ter sido indiciado, a decisão para a prisão preventiva do pai da garota só foi tomada pela Justiça no sábado (28).

Com um mandado em mãos, a polícia foi até a casa dele, porém, o homem já havia fugido. Em buscas pela região, os policiais o encontraram no Terminal Júlio de Castilho, no mesmo dia.

À polícia, o homem confessou o crime e disse que estuprava a filha desde que a menina tinha nove anos, sempre contra a vontade dela e, nos últimos tempos, praticamente todos os dias.

Na casa da família, a polícia aprendeu lençóis, almofadas, uma seringa, vários DVDs, cartões de memória para celular, dois facões e um CD de música eletrônica que, segundo as investigações, o homem colocava para tocar toda vez que iria estuprar a filha.

Os materiais foram encaminhados à perícia e o homem levado a um presídio, que também não teve o nome divulgado.

Histórico de violência - Com o suspeito preso e adolescente abrigada, em análise e investigação do caso, a delegada responsável descobriu que a garota já está envolvida como vítima em processos desde 2011.

No primeiro deles, o crime registrado é de ameaça, em 2011. O segundo registro, feito em 2015 foi de maus-tratos.

No terceiro registro, também em 2015, a adolescente denunciou o pai por estupro. Em uma quarta vez, a garota denunciou um tio pelo mesmo crime. E por último, já em 2016, a vítima fez um registro de violência doméstica.

A delegada não deu detalhes sobre o inquérito, mas informou que todos eles foram relatados à Justiça dentro dos prazos estabelecidos, inclusive, aquele em que o pai da garota é acusado de estupro.

“O que posso dizer é que em todos os casos que ela procurou a polícia, a denúncia foi investigada e relatada à Justiça. Agora, o que a Justiça fez a partir disto já não está dentro das nossas competências”, explicou a delegada.

O Campo Grande News procurou a titular da Vara de Infância, Juventude e Idoso de Campo Grande, que também é coordenadora da Infância e Juventude do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Katy Braum, por mensagem, a juíza se limitou a dizer que: “Infelizmente a Lei Orgânica da Magistratura me impede de falar sobre os processos que estão sob minha jurisdição”, e completou solicitando que a reportagem entrasse em contato com a assessoria de imprensa do TJ.

A assessoria respondeu que o caso segue sob os cuidados do juiz Marcelo Ivo, da 7ª Vara Criminal, e que ele não poderia comentar as circunstâncias do processo, pois está em segredo de Justiça.

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