Desde que praticamente abandonou o MDB na disputa eleitoral de 2016, o ex-prefeito Daltro Fiúza perdeu muita credibilidade junto aos seus liderados do partido e desde então não é mais visto como referência de liderança absoluta do partido.
Daltro negou apoio a Marcelo Ascoli e ao seu vice Wellison Muchiutti (do seu próprio partido) e durante a eleição se manteve de fora do processo, isso causou revolta nos correligionários do partido que afirmavam que a partir dali, Daltro não deveria mais comandar o partido e como penalidade por ter “abandonado” seus companheiros deveria ser isolado.
Liderança histórica não só do partido, mas também do município, hoje aos 68 anos de idade, Fiúza pode ficar inelegível por cinco anos, com base na lei da ficha limpa, o processo já foi encaminhado do Tribunal de Contas do Estado para a Câmara Municipal de Sidrolândia com parecer pela reprovação das contas.
Para confirmar a aprovação das contas, são necessários pelo menos 10 votos, ou seja, ele precisa convencer dez vereadores a irem contra o parecer do Tribunal de Contas. Daltro já está conversando com os três vereadores do MDB para que eles o ajudem a convencer os demais para que eles não votem favoráveis ao parecer do Tribunal de Contas, missão quase impossível, contudo ele terá cinco sessões para fazer isso e inclusive apresentar sua defesa.
Os três vereadores do MDB, Professor Tadeu, Fá e Jonas Rodrigues ainda não se manifestaram oficialmente sobre o caso.
Extraoficial – Conforme informações dos bastidores, os vereadores do PSDB, da oposição e até os vereadores da base do prefeito devem votar acompanhando o parecer do Tribunal de Contas e desta forma sacramentar a inelegibilidade de Daltro, o que o deixaria de fora da próxima eleição municipal, lembrando que ele já responde por outro processo que também o torna inelegível e deve recorrer ao STJ em última instância na tentativa de reversão.
Douglas Amaral – Noticidade
