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Funcionária pública reage a assalto e toma ‘arma’ de assaltantes em moto

Uma funcionária pública estadual de 49 anos reagiu a uma tentativa de assalto e tomou a arma de brinquedo usada por dois bandidos, que estavam em uma moto, no Bairro Oliveira 2, em Campo Grande.

Ao Campo Grande News, a vítima disse que estava em um ponto de ônibus do bairro com sua filha de 13 anos, por volta das 6h15 de terça-feira (14), quando dois homens, que aparentavam serem adolescentes, se aproximaram em uma moto preta e tentaram puxar sua bolsa.

Em uma reação inusitada, ela relutou a abordagem. Puxou de volta seus bens , agrediu o bandido que estava na garupa do veículo e tomou a réplica de pistola que ele segurava nas mãos.“Foi puro instinto. Na hora não consigo ver mais nada. Não consigo sentir mais nada. Só queria impedir que ele levasse minha bolsa. Eu não queria bater nele, só queria manter minhas coisas”, disse a funcionária pública.Segundo ela, sua filha adolescente reparou que a ‘arma’ usada pelos bandidos era de plástico. “No que eu comecei a bater nele e o comparsa começou a ligar a moto para fugir, minha filha ainda correu atrás deles”, disse.Engana-se quem pensa que foi a primeira vez em que mãe e filha reagiram a uma abordagem. Em novembro, as duas voltavam da casa de familiares no mesmo bairro quando três homens, também aparentando serem adolescentes, as abordaram exigindo que entregassem o celular.A reação foi novamente surpreendente: ela jogou o aparelho no chão, buscando quebrá-lo e assim torná-lo inutilizado para uso – dela e dos bandidos. Assim como desta vez, nada sofreu.“Eu sei que é errado reagir, mas na hora eu penso no bem material mesmo. A gente soa para comprar as coisas e é injusto que esses ladrões tomem assim”, disse a funcionária pública.Para ela, que sequer liga para a polícia depois das reações, a sensação de perigo só aparece depois. “Só passadas algumas horas é que começo a tremer e chorar, pensar no que aconteceu. Na hora não se pensa”, disse.Há 14 anos morando no bairro, ela reclamam que a violência no local cresceu nos últimos anos. Os assaltos, antes raros, agora são constantes, na avaliação dela.“O pessoal tem muita insegurança. E claro que acabo sendo comentada. Todo mundo fica preocupado, diz que errei. Eu sei disso. Meu filho, por exemplo, fala que vai me contratar como segurança”, brincou.Para Jorge Lordello, especialista em segurança pública, casos como o da funcionária pública são uma exceção. “Cerca de 80% das vítimas que tentaram impedir um assalto foram baleadas”, disse. “Mesmo que você tenha certeza que o ladrão possui uma arma de brinquedo, não tente dominá-lo, pois eles sempre estão acompanhados e o comparsa pode te ferir pelas costas.”

Em uma reação inusitada, ela relutou a abordagem. Puxou de volta seus bens , agrediu o bandido que estava na garupa do veículo e tomou a réplica de pistola que ele segurava nas mãos.

“Foi puro instinto. Na hora não consigo ver mais nada. Não consigo sentir mais nada. Só queria impedir que ele levasse minha bolsa. Eu não queria bater nele, só queria manter minhas coisas”, disse a funcionária pública.

Segundo ela, sua filha adolescente reparou que a ‘arma’ usada pelos bandidos era de plástico. “No que eu comecei a bater nele e o comparsa começou a ligar a moto para fugir, minha filha ainda correu atrás deles”, disse.

Engana-se quem pensa que foi a primeira vez em que mãe e filha reagiram a uma abordagem. Em novembro, as duas voltavam da casa de familiares no mesmo bairro quando três homens, também aparentando serem adolescentes, as abordaram exigindo que entregassem o celular.

A reação foi novamente surpreendente: ela jogou o aparelho no chão, buscando quebrá-lo e assim torná-lo inutilizado para uso – dela e dos bandidos. Assim como desta vez, nada sofreu.

“Eu sei que é errado reagir, mas na hora eu penso no bem material mesmo. A gente soa para comprar as coisas e é injusto que esses ladrões tomem assim”, disse a funcionária pública.

Para ela, que sequer liga para a polícia depois das reações, a sensação de perigo só aparece depois. “Só passadas algumas horas é que começo a tremer e chorar, pensar no que aconteceu. Na hora não se pensa”, disse.

Há 14 anos morando no bairro, ela reclamam que a violência no local cresceu nos últimos anos. Os assaltos, antes raros, agora são constantes, na avaliação dela.

“O pessoal tem muita insegurança. E claro que acabo sendo comentada. Todo mundo fica preocupado, diz que errei. Eu sei disso. Meu filho, por exemplo, fala que vai me contratar como segurança”, brincou.

Para Jorge Lordello, especialista em segurança pública, casos como o da funcionária pública são uma exceção. “Cerca de 80% das vítimas que tentaram impedir um assalto foram baleadas”, disse. “Mesmo que você tenha certeza que o ladrão possui uma arma de brinquedo, não tente dominá-lo, pois eles sempre estão acompanhados e o comparsa pode te ferir pelas costas.”

Campo Grande News