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Filha e genro de policial se apresentam e são presos por matar Mascote

Eduardo dos Santos Silva e a mulher dele, Michele Queiroz, ambos de 30 anos, se apresentaram na 4ª Delegacia de Polícia na segunda-feira (23). Eles foram presos acusados de matar a tiros Wesley Julião Barbosa Almeida, 18 anos, conhecido como Mascote.

O assassinato ocorreu no dia 14 de janeiro, na Rua Joana Maria de Souza, no Jardim Itamaracá, em Campo Grande. Contra o casal, que estava foragido desde o dia do crime, já havia mandado de prisão preventiva.

O policial civil aposentado de 57 anos, que não teve o nome divulgado, pai de Michele, continua preso sob a acusação de fornecer o revólver 28 e a caminhonete S10, de cor prata, usados no crime. 

Eduardo e Michele foram indiciados pelo crime de homicídio doloso, com pena de reclusão de 6 a 20 anos. Os dois foram encaminhados às unidades prisionais designadas pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).

Tanto a esposa quanto a mãe da vítima, arroladas como testemunhas, se negaram a prestar depoimento, alegando temerem represálias por parte dos acusados.

Eduardo cumpria pena na casa do albergado e contou à polícia que por diversas vezes flagrou Wesley rondando o local para matá-lo. No dia do crime, o rapaz encontrou a vítima que teria levado a mão na cintura, insinuando estar armado. Foi, então, que Eduardo sacou o revólver 38, que pertencia ao policial aposentado, e passou a atirar.

Crime –  Porém a versão contada pelas testemunhas sobre o homicídio é outra. Segundo depoimentos, Wesley estava em frente à casa da mãe junto com a esposa e o filho de 2 anos, quando uma caminhonete se aproximou e um dos ocupantes começou a atirar.

Dentro do carro havia um casal, e a mulher era quem incentivava o homem a continuar atirando contra a vítima. O jovem ainda tentou fugir e entrou em uma residência, onde já caiu morto ferido com dois tiros na costela. Já a esposa e o filho da vítima foram em outra direção e escaparam dos tiros.

Segundo a delegada Célia Maria Bezerra, responsável pela investigação, era Michele quem dirigia enquanto o marido atirava. Após o crime, os investigadores conseguiram identificar a placa do veículo, identificaram o proprietário da S-10 e foram até até o endereço.

Lá, o policial aposentado foi preso em flagrante porque na caminhonete foram encontrados uma carabina calibre 22. sem documentação e um celular roubado. Ele confessou que havia emprestado o veículo para a filha e o genro, porque os dois estavam sendo ameaçados por Wesley. Tanto o autor dos tiros quanto a vítima têm várias passagens pela polícia. 

Campo Grande News