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Empresa que realiza concursos em Maracaju e mais 11 cidades é alvo do Gaeco por supostas fraudes

Membros do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) estiveram nesta quarta-feira (28) na Vale Consultoria e Assessoria, com sede em Campo Grande.

A Vale é responsável por 12 concursos no interior do Estado, segundo o site da própria empresa. Parte deles foi cancelada por suspeitas de fraude e irregularidades no edital.

Em Maracaju, o Ministério Público pediu diversas alterações no edital do concurso da Prevmmar (Serviço de Previdência dos Servidores Municipais de Maracaju) em fevereiro deste ano.

Em Bonito, o concurso que previa 15 vagas com salários de até R$ 7,2 mil para a Câmara Municipal foi cancelado por meio do diário oficial do município. O MPE-MS (Ministério Público Estadual) apurava denúncias de supostas irregularidades praticadas pela empresa.

Ainda neste mês, a juíza Kelly Gaspar Duarte Neves, da 1ª Vara de Aparecida do Taboado, determinou o afastamento de dois secretários municipais e quatro ocupantes de cargos comissionados da prefeitura. Eles são acusados de fraude na licitação para contratar a Vale Consultoria e também de fazer ‘cola’ para serem aprovados no concurso.

Operação

Em nota, o MPE-MS informou que o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) foi para as ruas na manhã desta quarta-feira (28) na operação “Carta Convite”, para cumprir mandados contra empresas que estariam envolvidas em fraudes de concursos públicos.

Informações preliminares são de que oito mandados de busca e apreensão são cumpridos em Campo Grande, contra empresas supostamente envolvidas em fraudes de concursos públicos. Na Vale, a equipe do Gaeco ficou na empresa por cerca de três horas, de onde saiu com documentos.

Foram apreendidos documentos e computadores da empresa Sigma, que presta serviços de consultoria, na Idagem Assessoria e Consultoria ME e na Vale Consultoria e Assessoria.

De acordo com as investigações, as empresas envolvidas participavam de diversas licitações, fazendo com que os convites fossem sempre direcionados à elas. Também formulavam propostas em conjunto, para acertar qual delas seria a vencedora, inclusive para aprovação fraudulenta de candidatos.

Também foram feitas buscas nas residências dos proprietários das empresas.

A ação é um desdobramento da operação “Back Door”, realizada em julho deste ano, em Aparecida do Taboado, que investigou fraude em uma licitação para realizar concurso público. (Com informações do Midiamax)

Redação – Noticidade