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Deputados questionam compra de jogos de sexualidade pela prefeitura

A polêmica licitação para aquisição de jogos de sexualidade humana, a serem utilizados pelos alunos da Reme (Rede Municipal de Ensino), em Campo Grande, foi motivo de discussão na Assembleia Legislativa, durante a sessão ordinária desta terça-feira (4).

O edital abrindo o processo foi publicado dia sete de junho do ano passado, no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), ainda durante a administração do então prefeito Alcides Bernal (PP) e, na época, causou inquietação na Câmara Municipal.

No ano passado, a assessoria do então prefeito esclareceu que os jogos seriam utilizados em campanhas contra DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), realizadas pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

Apenas os jogos educativos e lúdicos que constam no edital de abertura da licitação seriam destinados à Semed (Secretaria Municipal de Educação) - ou seja, os materiais serão comprados juntos, mas destinados para pastas diferentes e com uso diferente também.

O deputado Dr. Paulo Siufi (PMDB) pediu o cancelamento da licitação para aquisição de jogos. Para ele, a justificativa de evitar a sexualidade precoce é uma aberração.

“A compra dos brinquedos, avaliada em R$ 80 mil, inclui Jogo de Corpo e Vale Sonhar. Mais uma vez, os pais estão perdendo a opção de educar sobre a sexualidade dos filhos. Peço que o prefeito Marcos Marcelo Trad suspenda a licitação e não cometa uma aberração com as famílias”, disse Siufi.

Professor Rinaldo (PSDB), Herculano Borges (SD), Antonieta Trad (PMDB) e Graziella Machado (PR) dividem a mesma opinião. Em aparte, os deputados ressaltaram a importância de lutar pela manutenção dos direitos dos pais e a não transferência desta responsabilidade à escola.

O deputado Lidio Lopes (PEN), marido da vice prefeita Adriane Lopes – do mesmo partido - informou que a licitação foi aberta na administração anterior e será cancelada.

Campo Grande News