Buscar

Cidades do interior concentram cursos mais mal avaliados da UFMS

Dos cursos de graduação da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) mal avaliados pelo MEC (Ministério da Educação), a maioria fica em campus do interior. Conforme levantamento nos Indicadores de Qualidade de Educação Superior, são 22 graduações com avaliação 1 e 2, sendo 18 localizados a muitos quilômetros de Campo Grande.

Os indicadores do MEC congregam desempenho no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), CPC (Conceito Preliminar de Curso) e IGC (Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição). 

O pior resultado fica para unidade da UFMS em Aquidauana. São seis cursos com desempenho de 1 a 2: Geografia Bacharelado (nota 1 no Enade), História (nota 2 no Enade), Letras Portugês/Inglês (nota 2 no Enade), Letras Português e Licenciatura (nota 2 no Enade e CPC), Matemática (nota 2 no Enade) e Turismo (nota 1 no Enade).

Dos cursos com nota baixa, três ficam em Campo Grande, sendo os demais localizados em Bonito, Três Lagoas, Corumbá, Coxim, Nova Andradina e Paranaíba.

O IGC (Índice Geral de Cursos) é um indicador de qualidade que avalia as instituições de educação superior. OCPC (Conceito Preliminar de Curso) é um indicador de qualidade que avalia os cursos de graduação. O Conceito Enade é um indicador de qualidade que avalia os cursos por intermédio dos desempenhos dos estudantes no exame.

Conforme o MEC, os indicadores de qualidade são expressos em escala contínua e em cinco níveis, nos quais os níveis iguais ou superiores a três indicam qualidade satisfatória. 

Os riscos para o campus de Aquidauana são elencados no Relatório de Gestão de 2016 da UFMS, como cursos com elevadas taxas de evasão e retenção e Taxa de Sucesso na Graduação de 2015 abaixo da média da UFMS nos cursos de Geografia (Licenciatura e Bacharelado), Matemática e Administração.

Estagnado – Os relatórios de gestão ainda mostram que a média geral do CPC (Conceito de Curso) dos cursos de graduação estacionou em 3,22 nos anos de 2015 e 2016. Enquanto a meta prevista era de 3,6 e 3,7, respectivamente.

Em 2015, a instituição informou que maioria das ações planejadas foi prejudicada pela greve entre maio e outubro e falta de recursos financeiros para despesas com passagens e diárias, necessários para reuniões da equipe com as unidades.

A reportagem solicitou informações à UFMS ontem (dia 8) e não obteve resposta até a publicação da matéria. 

Campo Grande News