Publicado em 29/09/2020 às 09:14,

Ministério desabilita unidades e neste mês Estado perde 25 leitos de UTI covid

Campo Grande News ,
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Divulgação

Desabilitados pelo Ministério da Saúde, leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em Bataguassu, Sidrolândia, Chapadão do Sul e Dourados recebem pacientes só até 30 de setembro. Agora, a Secretaria de Saúde tenta parceria para que Estado não perca as unidades mesmo após a pandemia.

Caso os leitos sejam de fato desativados, serão 25 vagas intensivas a menos em Mato Grosso do Sul, que até agosto, mantinha 866, sendo pelo menos 369 exclusivas para o tratamento de pacientes com covid-19.

Segundo o secretário de saúde Geraldo Resende, o Estado já se posicionou aos municípios, propondo coparticipação para que as unidades desabilitadas pelo governo federal, sejam mantidas via parceria entre as prefeituras e o governo estadual.

O único município que já negou essa tratativa foi Bataguassu, onde até dia 30 funcionarão os cinco leitos de UTI instalados lá para a pandemia. Resende afirmou que espera uma resposta das secretarias municipais de saúde das demais cidades onde a reabilitação federal de leitos já foi negada.

O temor do secretário é que com o passar dos dias, mais leitos sejam desabilitados e o Estado fique desguarnecido. Ele afirmou que quer evitar o que está ocorrendo em outros locais, onde há uma “segunda onda” de covid-19, precisar dos leitos e não tê-los. “Nosso propósito é não deixar nenhum sul-matogrossense sem atendimento na pandemia”, reiterou.

“Os leitos do Hospital da Vida, em Dourados, estão habilitados até dia 30, quando já não receberão mais recursos do Ministério da Saúde. E estamos aguardando manifestação da secretaria de saúde para saber o que será feito”, sustentou.

Já em Sidrolândia e Chapadão do Sul, Resende destaca que confia que a gestão municipal manterá os serviços. “Acredito que pelo compromisso com sua gente, eles farão o cofinanciamento”, analisou, lembrando que em cada uma das cidades, há cinco leitos de UTI para atendimento covid-19.

“Quando o ministério não habilita, o município se sente desobrigado de atender porque o custo do leito é muito alto. Assim, a gente tenta encontrar alternativas para que possamos manter o leito, conforme a necessidade e fazer o cofinanciamento”, disse.

Aqui em MS, segundo o titular da saúde, “vamos segurar até o limite que der”.

Saída – já trabalhando na desativação dos leitos de UTI de Bataguassu, houve mudança no fluxo de pacientes, concentrando pacientes em Costa Rica. “Tem havido grande procura em Paranaíba, e de Cassilândia estamos encaminhando para Costa Rica, além de Camapuã e São Gabriel”, explicou o secretário.