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Defesa aposta em fragilidade de provas e diz que ex-comandantes da PM de Sidrolândia atuaram na repressão da corrupção

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Os advogados apostam na fragilidade das provas apresentadas. (Imagens: Campo Grande News)

Os tenentes-coronéis Jidevaldo de Souza Lima, e Erivaldo José Duarte que já comandaram a Polícia Militar de Sidrolândia, estão depondo no Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado). Eles estão presos desde o dia 15 de maio, quando foram alvo da Operação Avalanche, em mais uma fase da Oiketicus.

O advogado Tiago Bunning Mendes, que defende Jidevaldo, disse que o tenente-coronel está tranquilo, certo de que provará que não teve nenhum envolvimento com a Máfia dos Cigarros

Segundo o defensor, o nome de Souza Lima é o que menos aparece em meio às acusações contra coronéis. O envolvimento do oficial teria relação com a época que ele comandou Batalhão em Sidrolândia e como prova do “comportamento exemplar” do cliente, a defesa apresentará um ofício, datado de janeiro de 2018, em que o comandante pede a transferência de policiais suspeitos de facilitar a passagem de contrabandistas pelas estradas da região.

“A gente realmente acredita que existe alguém em Sidrolândia [envolvida com a Máfia dos Cigarros], interceptações [telefônicas] identificaram, mas essa pessoa não é ele. Ele atuou contra”, afirmou o advogado.

O defensor disse ainda, ao deixar a sede do Gaeco, que o cliente “deu todos os esclarecimentos”. “Não há nenhuma acusação nova contra ele. Agora, vamos passar às tentativas de revogar a prisão”.

Jidevaldo de Souza Lima estava na chefia da 4ª Seção do Estado-Maior, que coordena assuntos relativos à gestão e projetos e captação de recursos da PM, e foi exonerado do cargo no dia 18 de maio. Ele está preso no Presídio Militar Estadual, no Complexo Penal de Campo Grande e foi levado sob escolta para depor no Gaeco.

Já o advogado José Roberto da Rosa, defende tenente-coronel Erivaldo José Duarte, a defesa aposta na fragilidade das provas apresentadas para livrá-lo das acusações. “As provas apresentadas pela Polícia Federal e Gaeco não se sustentam. Não são suficientes para imputação de crime”, alegou.

Quanto a Erivaldo, a prova apresentada contra ele trata-se de intercepção telefônica em que é solicitada a mudança dele de comando. Atual comandante da PMA (Polícia Militar Ambiental), na época, o policial era responsável pelo comando do Batalhão de Sidrolândia.

O advogado lembrou ainda que Erivaldo atuou firmemente na repressão da corrupção onde trabalhou e, por isto, cultivou muitos desafetos.

Comando da PM em Sidrolândia - O tenente-coronel Jidevaldo de Souza Lima comandou a PM de Sidrolândia de 2017 a 2018 por 8 meses quando foi promovido (atualmente ele era chefe da 4ª Seção do Estado-Maior) e passou o comando justamente para o tenente-coronel Erivaldo José Duarte Alves que ficou a frente da PM de Sidrolândia por quase dois anos, de 2018 até o final do ano passado e ao completar 30 anos de serviço se aposentou.

A passagem de ambos na cidade foi marcada por inúmeras apreensões de drogas, e prisões de criminosos. A alta produtividade contra a criminalidade rendeu a eles e suas respectivas guarnições, várias homenagens na Câmara Municipal e até na Assembleia Legislativa de MS. (Com informações do Campo Grande News)