O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul negou, nesta terça-feira (8), pela segunda vez, o pedido de liberdade ao ex-vereador de Campo Grande e ex-secretário de Finanças de Sidrolândia, Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, conhecido como Claudinho Serra. A decisão foi unânime entre os desembargadores da 2ª Câmara Criminal, que acompanharam o voto do relator, José Ale Ahmad Netto.
Claudinho está preso desde o dia 5 de junho, após ser alvo da quarta fase da Operação Tromper, que investiga fraudes em licitações na Prefeitura de Sidrolândia. O Ministério Público aponta que ele liderava o esquema criminoso. Segundo o TJMS, há indícios de que o réu estaria tentando esvaziar seu patrimônio, mesmo com o bloqueio judicial de bens, o que justificaria a manutenção da prisão.
Durante o julgamento, os magistrados destacaram que Claudinho segue levando uma vida de alto padrão, com gastos como aluguel de imóvel de mais de R$ 10 mil, festas luxuosas e uso de veículo SW4. “Mesmo que a esposa seja médica, o réu tenha negócios com a família, vejo claras características de esvaziamento de patrimônio”, declarou um dos desembargadores. O relator completou: “Hoje não me sinto seguro para conceder a liberdade ainda”.
A defesa alegou que os fatos usados para justificar a prisão são antigos, relacionados ao período em que Claudinho era secretário de Finanças, entre 2022 e 2023. “Estão usando contratos da época em que era secretário de Sidrolândia. Por mais que fundamentassem a prisão, não justificavam a nova prisão”, argumentou o advogado Tiago Bunning. Ainda assim, o relator apresentou um parecer de 37 páginas pela manutenção da medida, e os demais membros do colegiado seguiram seu entendimento. Após a decisão, o advogado informou que não comentaria o resultado no momento.