A Biosev, segundo maior processadora de cana-de-açúcar do
mundo, divulgou um relatório sobre o bom momento que a empresa se encontra a
nível nacional no Brasil, as chuvas neste mês consideradas dentro da média têm
favorecido os canaviais da Biosev, mas a reativação da usina em Maracaju ainda
é descartada.
Em maio, a falta de chuvas acendeu o alerta em todo o setor
quanto à qualidade dos canaviais a serem colhidos posteriormente, no terço
final da atual safra 2018/19, iniciada em abril.
Mas, segundo Chammas, a situação já está bem mais favorável
agora."(A seca) deve ter um impacto no canavial, sim. Mas a boa surpresa
tem sido o mês de junho, com chuvas dentro da média. Isso pode fazer com que
perda de umidade seja compensada", afirmou o CEO da Biosev em
teleconferência com analistas e investidores.
A empresa também tem usinas em Minas Gerais, Mato Grosso do
Sul, Rio Grande do Norte e Paraíba, mas a situação dos canaviais nessas
localidades é mais tranquila, afirmou Chammas.
A Biosev reportou na véspera uma moagem recorde de 32,7
milhões de toneladas de cana na safra 2017/18, encerrada em março, mas com
prejuízo de 1,3 bilhão de reais.
No ciclo vigente, Chammas comentou que a empresa está
"desafiando limites" ao maximizar a produção de etanol, produto que
tem remunerado mais que o açúcar.
"Hoje o etanol está pagando um prêmio de 10 por cento
sobre o açúcar. Isso mais do que justifica maximizar a produção de
etanol", frisou.
O executivo acrescentou ainda que, por ora, a Biosev não tem
planos de reativação da usina Maracaju, em Mato Grosso do Sul, e que acompanha
"com atenção" os desdobramentos acerca do tabelamento de fretes.
"Estamos atentos, buscando a compreensão de qual o
cenário vigente", disse, adicionando que a Biosev buscará meios legais
para fazer valer acordos já acertados.
Rallph
Barbosa – Noticidade